Projeto Portal foi uma revista de contos de ficção científica com periodicidade semestral, editada no sistema de cooperativa durante os anos de 2008 e 2010. A pequena tiragem — duzentos exemplares de cada número — foi distribuída entre acadêmicos, jornalistas e formadores de opinião. Seis números (de papel e tinta, não online). O título de cada revista homenageou uma obra célebre do gênero: Portal Solaris, Portal Neuromancer, Portal Stalker, Portal Fundação, Portal 2001 e Portal Fahrenheit.


Idealização: Nelson de Oliveira | Projeto gráfico e diagramação: Teo Adorno
Revisão: Mirtes Leal e Ivan Hegenberg | Impressão: LGE Editora

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os melhores romances da FC brasileira




"Há algumas semanas, conversando com meu colega de Anuário, Marcello Branco, discutimos a respeito dos melhores romances da ficção científica brasileira. Esta é uma daquelas discussões difíceis, porque passa por muitas definições nem sempre possíveis, especialmente em se tratando de ficção científica, além da definição de romance que, no Brasil, tem a ver com a forma narrativa e, nos EUA, com o tamanho físico do texto.
Como eu me importo muito pouco essas definições, vou fazer aqui um levantamento do que, na minha opinião, está entre o melhor que os autores brasileiros de ficção fantástica já produziram."



Postagem em duas partes no "Mensagens do Hiperespaço" AQUI e AQUI.



Imagem fonte AQUI

domingo, 17 de julho de 2011

O Futuro do Presente no Pretérito, de Carlos Haag





Na Revista FAPESP, um artigo de Carlos Haag conta a história da Ficção Científica no Brasil.

Abaixo um trecho:


Desde o século XIX o gênero provou ser um veículo ideal para registrar tensões na definição da identidade nacional e do processo de modernização. Essas tensões são exacerbadas na América Latina e, por isso, a produção da ficção em países como Brasil, Argentina e México, grandes representantes desse gênero no continente, é muito mais politizada do que a escrita nos países do Norte. No Brasil, o gênero ajudou a refletir uma agenda política mais concreta e os escritores, ontem e hoje, estão mais intimamente envolvidos com os rumos futuros de seu país e usaram o gênero nascente não apenas para circular suas idéias na arena pública, mas também para mostrar aos seus compatriotas suas opiniões sobre a realidade presente e suas visões sobre um tempo futuro, melhor e mais moderno”, explica a historiadora Rachel Haywood Ferreira, da Universidade do Estado de Iowa, autora de The emergence of Latin American science fiction, que acaba de ser lançado nos EUA pela Wesleyan University Press. “A ficção científica brasileira permite traçar a crise de identidade que acompanhou a modernização, juntamente com o senso de perda que a persegue, e que é parte da entrada do Brasil na condição pós-moderna. A ficção nacional em parte exemplifica a erosão da narrativa latino-americana de identidade nacional, porque ela se torna cada vez mais influenciada pela troca cultural inerente à globalização iniciada nos anos 1990”, concorda a professora de literatura Mary Ginway, da Universidade da Flórida, autora de Ficção científica brasileira: mitos culturais e nacionalidade no país do futuro (Devir Livraria). Apesar disso, o gênero continua considerado como “menor”. “É uma pena, porque o deslocamento da tradição da ficção para o contexto de um país em desenvolvimento nos permite revelar certas assunções sobre como se dá esse desenvolvimento e determinar a função desse gênero nesse tipo de sociedade. A ficção científica fornece um barômetro para medir atitudes diante da tecnologia, ao mesmo tempo que reflete as implicações sociais da modernização da sociedade brasileira”, avalia Mary. “Há mesmo uma variação gradual de um clima de otimismo para outro, de pessimismo: a ciência parece não mais ser a garantia da verdade, como se pensava, e o impacto da tecnologia pode nem sempre ser positivo, o que dificulta que se alcance o potencial nacional. Tudo isso se pode ver na ficção científica latino-americana: a definição da identidade nacional; as tensões entre ciência e religião e entre campo e cidade; a pseudociência”, nota Rachel.
"

Via Universo Fantástico. Imagem "Invasão de Istambul", por Emrah Elmasli, via Fan-tas-tic

terça-feira, 10 de maio de 2011

Аэлита, a Rainha de Marte

Aelita (ou Аэлита, em russo) é um filme mudo de 1924, um dos primeiros a abordar viagens espaciais. Baseado em um romance de Aleksey Nikolayevitch Tolstoy, conta a história de um jovem que viaja para Marte em um foguete, onde lidera uma revolta contra um grupo de Anciões que domina o planeta, com o apoio da Rainha Aelita, apaixonada pelo terrestre desde que o viu por um telescópio.

Via Super Punch. Detalhes pelo Wikipedia.

O filme é disponível no YouTube (com legendas em inglês).



No mesmo clima "soviético", encontrei também um desenho animado da década de 80, "O segredo do terceiro planeta
" (Também com legendas em inglês)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Questões Literárias


Trecho inicial da coluna de Roberto de Sousa Causo em 20 de março de 2011 no Terra Magazine (Versão integral AQUI):



"
O mundo da literatura é composto de vários aspectos: hábitos de leitura (a esfera individual), mercado literário (a esfera profissional), crítica e teoria (parcialmente, a esfera acadêmica), e as Questões Literárias.

As Questões Literárias compreendem as esferas do escritor e também do crítico, mas costumam se envolver com todos os outros aspectos. Questões Literárias impulsionam movimentos e escolas literárias, e se manifestam das disputas de um grupo em relação a outros, nas discussões sobre os caminhos da literatura e nas tentativas de questioná-la ou renová-la.

De vez em quando surge uma Grande Questão Literária que tem o potencial de mudar as coisas, arrastando todas as esferas com ela - obrigando a crítica e a teoria a se posicionarem, balançando o mercado literário e mudando os hábitos de leitura. Aquelas questões que vieram no bojo do movimento modernista brasileiro, por exemplo, foram um desses maremotos literários que mudam tudo, no seu rastro.

A história da ficção científica no Brasil também registra as suas Questões Literárias. A primeira provavelmente foi o debate sobre a legitimidade do gênero, entre 1957 até meados da década de 1970, um debate conduzido nas páginas dos prestigiosos cadernos de cultura da época, especialmente o "Suplemento Literário" do O Estado de S. Paulo. Envolveu figuras de importância na cena literária da época, como Mário da Silva Brito, Antonio Olinto, João Camilo de Oliveira Torres, Laís Corrêa de Araújo e André Carneiro a favor dessa legitimidade, e Otto Maria Carpeaux, Wilson Martins, Alcântara Silveira e Muniz Sodré, contra. Essa foi, pode-se dizer, a principal Questão Literária característica da Primeira Onda da Ficção Científica Brasileira (1958-1972).

A principal Questão Literária da Segunda Onda da Ficção Científica Brasileira (iniciada em 1982) foi a necessidade (ou não) de se renovar a FC nacional pela promoção da sua brasilidade, tanto temática, quanto no seu diálogo com a tradição literária modernista, e na rejeição dos clichês e fórmulas da FC anglo-americana. O escritor paulista Ivan Carlos Regina, e o seu "Manifesto Antropofágico da Ficção Científica Brasileira", esteve no centro dessa questão, que gerou um pequeno debate no seio do fandom, em reuniões de fãs e nas páginas de fanzines como Somnium, Megalon e Papêra Uirandê. (O manifesto foi recentemente disponibilizado no É só Outro Blogue, de Tibor Moricz). Veja também, no mesmo blog, uma entrevista com Regina.

Finalmente, em abril de 2009, o escritor Luiz Bras lançou - com o ensaio "Convite ao Mainstream", na coluna "Ruído Branco", mantida por ele no Rascunho: O Jornal Literário do Brasil - uma Questão Literária das mais relevantes para a história do gênero em nosso país. Talvez até mesmo para a literatura braseira como um todo. "






Para ler "Convite ao Mainstream", de Luiz Bras clique AQUI. Para ler as repercussões e comentários de outros autores relacionados à ficção científica, leia AQUI e depois AQUI.

O artigo "Convite ao Mainstream" - dentre outros - foi publicado em papel pela Editora Terracota no livro "Muitas Peles".


(imagem via Popolic)

domingo, 27 de março de 2011

Manifesto Antropofágico da Ficção Científica Brasileira




O Tibor Moricz vem resgatando a história da Ficção Científica Brasileira em seu blog. Como ele postou por lá:

"Pretendo dar uma turbinada no meu blog, propondo um espaço diferente, dedicado à nossa FC&F. Biografias e entrevistas nos moldes tradicionais, apresentando ao fandom contemporâneo aqueles que ajudaram a construir as bases da nossa literatura de gênero.

Já li e escutei várias vezes que o que passou, passou. O que importa é o agora e o amanhã, em projeções futurísticas geralmente ególatras. Já li gente dizendo que nunca leu esse e aquele autor do passado e que não tem interesse nenhum em fazê-lo. Que esse e aquele trabalho de antigamente nada ou quase nada pode acrescentar ao que fazemos hoje.

Fico horrorizado quando leio e escuto coisas assim. Trata-se de flagrante desrespeito ao nosso gênero literário. Um comportamento desprezível. A literatura está acima de opiniões equivocadas como essas."







Seguindo este espírito, Tibor publicou o Manifesto Antropofágico da Ficção Científica Brasileira, escrito por Ivan Carlos Regina e publicado em 1988. Vá ao blogue de Tibor e leia os comentários.

O Manifesto vem a seguir:


"
MANIFESTO ANTROPOFÁGICO

DA FICÇÃO CIENTÍFICA

BRASILEIRA



MOVIMENTO SUPERNOVA

O homem foi até as estrelas para se encontrar e só achou o vazio, vazio, vazio.

Descobriu que no interior de todos os sóis se esconde a noite, e com ela sua inimiga ancestral, a escuridão.

São seus companheiros de viagem a morte, a dor, o riso, o sexo, a miséria, a alegria, o amor, o tédio, a solidão, a desesperança, o cansaço e a preguiça.

No cruzar da existência uma pirâmide de objetos inúteis: um forno de microondas, uma garrafa plástica, um quilo de éter, uma blusa de náilon, uma lâmina de barbear. Objetos do dia a dia.

Não propomos a dialética do povo mas a estética do novo.

O homem odeia o deus e ama o robô. Seu destino é destruir a perfeição e criar a aberração.

O totem foi a primeira máquina do homem.

Queremos ser uma explosão da forma e uma revolução do conteúdo. A supernova no céu do convencional.

A alegria e a prova dos nove.

A tecnologia e, em ultima instância, a tentativa neurótica do homem em substituir todos os seus componentes humanos por artificiais, criando um mundo onde ele seja o menos possível responsável.

Um boitatá de olhos de césio espreita no planalto central do país.

Ao lidar somente com a máquina, a ficção científica transforma-se num gênero de cenários, um arremedo de vaudeville, estéril e inconsequente.

Não viemos criticar a função da máquina mas propor a estética do homem.

Precisamos deglutir urgentemente, após o Bispo Sardinha, a pistola de raios laser, o cientista maluco, o alienígena bonzinho, o herói invencível, a dobra espacial, o alienígena mauzinho, a mocinha com pernas perfeitas e cérebro de noz, o disco voador, que estão tão distantes da realidade brasileira quanto a mais longínqua das estrelas.

A ficção científica brasileira não existe.

A cópia do modelo estrangeiro cria crianças de olhos arregalados, velhinhos tarados por livros, escritores sem leitores, homens neuróticos, literaturas escapistas, absurdos livros que se resumem as capas e pobreza mental, colônias intelectuais, que procuram, num grotesco imitar, recriar o modus vivendi dos paises tecnologicamente desenvolvidos.

A ficção científica nacional não pode vir a reboque do resto do mundo. Ou atingimos sua qualidade ou desaparecemos.

A produção literária brasileira, no gênero de FC, à exceção de reduzido rol de obras, é de uma mediocridade horripilante.

Uma mula sem cabeça cospe fogo radioativo pelas ventas.

Emulamos tecnologias sem conhecê-las.

Um Saci Pererê matuta, com uma prótese de vanádio, masca mandioca, tritura paçoca e arrota urânio enriquecido.

A alegria e a prova dos nove.

O homem prova, todo dia, que não é merecedor da tecnologia.

Queremos despertar o iconoclasta que jaz em todo peito brasileiro.

Morte aos adoradores de máquinas.

Um caipora verde amarelo devora hambúrgueres, destrói satélites, deglute armas e destroça tecnologias.

Um índio descerá de uma estrela colorida brilhante.

SUPERNOVA

São Paulo, 1º ano após o desastre de Goiânia.

IVAN CARLOS REGINA
"

sexta-feira, 25 de março de 2011

História do Futuro


(Texto do Cilindroide, de Cirilo S. Lemos)

"Cheguei até este infográfico cthullhesco através de um tuíte do Octávio Aragão. Pensei em um monte de maneiras de imprimir essa imagem e colocar numa moldura, tão impressionado fiquei. A imagem está na página da Wired. Clique aqui para apreciar essa belezura em alta definição. Um desafio: tente ler todas as referências ali e encontrar as repetidas (é, eu fiz isso). Em tempo: o autor dessa belezura é Ward Shelley."



sábado, 22 de janeiro de 2011

O Futuro também é nosso, por Antonio M. C. Costa




Texto do crítico, escritor e colunista da Carta Capital, Antonio Luiz M.C.Costa sobre a obra de Roberto de Sousa Causo, Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil, 1875 a 1950 (UFMG, 2003):

"Vários autores brasileiros já pensaram sobre a ficção científica (FC) e sua história, como Raul Fiker (Ficção Científica - Ficção, Ciência ou uma Épica de Época?, L&PM, 1985), Gilberto Schoereder (Ficção Científica, Francisco Alves, 1986), Léo Godoy Otero (Introdução a uma História da Ficção Científica, Lua Nova, 1987) e Braulio Tavares (O que É Ficção Científica, Brasiliense, 1992). Essas obras, porém, foram breves introduções ou guias de leitura para fãs do gênero, presas demais a seus critérios e convenções.

A obra de Roberto de Sousa Causo, Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil, 1875 a 1950 (UFMG, 2003), projeto orientado por professores da Faculdade de Letras da USP, é a primeira a abordar especificamente a FC no Brasil e a considerar a teoria literária e a história social para colocá-la em um contexto mais amplo. Sem nada da estrutura rígida e indigesta de uma típica tese acadêmica, é uma leitura agradável e reveladora para aficionados da FC e da cultura brasileira e uma nova referência para historiadores da cultura e críticos literários.

Causo delimitou seu objeto de estudo – a ficção especulativa – de uma forma não usual para a crítica literária tradicional, nem para a maioria dos autores e fãs do gênero. Não se trata de uma subliteratura menor e ou de fuga kitsch da realidade. Também não é necessariamente marcada pela antecipação do futuro, pela promoção de utopias ou pelo uso e valorização da ciência. Não é um gênero encerrado em convenções tradicionais, como o das histórias de detetive.

A característica que define a ficção especulativa é a figuração de mundos além dos cânones da experiência comum e da noção costumeira de “real”, mas que têm, cada um deles, uma lógica com a qual o leitor precisa se familiarizar e que o autor se obriga a manter – dentro de determinado texto, bem entendido (é comum que obras do mesmo autor proponham realidades contraditórias). Certamente não são ficções arbitrárias nas quais “tudo pode acontecer”.

Um exemplo é o subgênero da FC recentemente fundado pelo romance The Difference Engine (1991) de William Gibson e Bruce Sterling, geralmente chamado de steampunk, do qual os filmes As Loucas Aventuras de James West e A Liga Extraordinária são subprodutos paródicos. Desenvolve um século XIX alternativo, no qual a tecnologia do vapor teria ido muito além do que historicamente foi.

Existiriam computadores como os projetados por Charles Babbage em 1832 e as máquinas maravilhosas sonhadas por Jules Verne e H. G. Wells, junto com os preconceitos e os problemas políticos e sociais da era vitoriana. Esse mundo não pertence ao passado, ao futuro, nem ao espaço interestelar. Não é uma utopia nem uma sátira no sentido convencional. É uma ficção que, entre outras coisas, relativiza o nosso “cronocentrismo” e faz ver nossa própria realidade sob outra luz.

Além da ficção científica propriamente dita, que especula sobre desenvolvimentos das ciências naturais e da tecnologia (em sua vertente hard), ou da cultura e da sociedade (na versão soft), cabem nessa definição seus gêneros irmãos, a fantasia e o horror.

Nessa perspectiva, obras como a Odisséia de Homero, a História Verdadeira de Luciano de Samósata e as Viagens de Gulliver de Jonathan Swift, bem como as incursões no fantástico de escritores canônicos, como Machado de Assis (O Imortal), são precursores e modelos legítimos para a ficção especulativa moderna que, mais que a manifestação específica de uma época, é a continuação de uma tradição paralela à da corrente principal da literatura.

Como marco inaugural do romance científico no Brasil, Causo indica O Doutor Benignus (1875), de Augusto Emílio Zaluar, escrito para jornais do Rio de Janeiro. Foi confessadamente influenciado por Verne e pelo astrônomo Camille Flammarion, mas já mostrava características típicas das primeiras gerações de assimilação brasileira do gênero."

Descobri o texto através do blog do Capacitor Fantástico... Mas a melhor reprodução está neste LINK aqui, que contém links para trechos de algumas das obras citadas.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Peter Burke: A História do amanhã








" "A História do Futuro" soa como um conto de Borges, mas, na realidade, é o título de um livro do grande pregador jesuíta Antônio Vieira. Como muitos ocidentais em meados do século XVII, Vieira acreditava na iminência do milênio, associada a quinta e última monarquia mundial, a do rei português dom João IV. Sua história do futuro previa a chegada do reino de mil anos de Cristo na Terra. Não sou profeta nem futurólogo, de modo que o que se segue será uma discussão não do futuro propriamente dito, mas de diferentes visões daquilo que aguarda a humanidade. Como estas visões mudaram ao longo do tempo, podemos afirmar que o futuro tem um passado. "

(Início de artigo intitulado "História do Amanhã" do inglês Peter Burke que faz referência a um outro livro de outro historiador, Reinhart Koselleck. Acredito que seja a ESTE livro que Burke se referencia)



(Vídeo: um clip para uma música do Death in Vegas com uma colagem do filme L´Enfer de Henri-Georges Clouzot e imagens de Remy Schneider. Não tem nada a ver com o assunto, mas queria repartir este pesadelo psicodélico com os senhores.)


P R O J E T O P O R T A L B L O G F E E D