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O ar quente daquela manhã entrou pela janela parcialmente aberta da Mercedes-Benz 770, que rapidamente corria pelas ruas de Nuremberg deixando para trás o estádio lotado com jovens arianos. O tempo era crucial e, acima de tudo, fator preponderante para o sucesso da inusitada missão. Adolf Hitler, sentado no banco de trás, ponderava de olhos fechados apreciando o agradável aroma de couro dos bancos. Como um caminhar contra o vento, seus pensamentos retornavam pouco mais de um ano, em 1933, na época recém nomeado chanceler da ainda República Alemã, quando tomou conhecimento de um segredo militar sem precedentes. O episódio daquele dia ainda estava vivo em sua mente.
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Marcelo Bighetti. Portal 2001
