Projeto Portal foi uma revista de contos de ficção científica com periodicidade semestral, editada no sistema de cooperativa durante os anos de 2008 e 2010. A pequena tiragem — duzentos exemplares de cada número — foi distribuída entre acadêmicos, jornalistas e formadores de opinião. Seis números (de papel e tinta, não online). O título de cada revista homenageou uma obra célebre do gênero: Portal Solaris, Portal Neuromancer, Portal Stalker, Portal Fundação, Portal 2001 e Portal Fahrenheit.
Idealização: Nelson de Oliveira | Projeto gráfico e diagramação: Teo Adorno
Revisão: Mirtes Leal e Ivan Hegenberg | Impressão: LGE Editora
Revisão: Mirtes Leal e Ivan Hegenberg | Impressão: LGE Editora
domingo, 12 de junho de 2011
Uma virada internacional?
a)Trecho da coluna de Roberto de Souza Causo no Terra Magazine de 21 de maio:
"Na coluna de 26 de fevereiro deste ano - a respeito da noveleta de Christopher Kastensmidt, "O Encontro Fortuito de van Oost e Oludara", texto finalista do Prêmio Nebula 2010 -, eu já alertava para o fato de que as "indicações deste ano são bastante internacionais, expressando o atual interesse da literatura especulativa por outras culturas e pela sua dimensão global."
Indicações para outros prêmios, e outras discussões dentro da comunidade anglo-americana, sugerem que esse interesse pela dimensão global da ficção científica e da fantasia podem estar configurando uma verdadeira "virada internacional".
É bom observar, antes de mais nada, que já há uns quinze anos que o centro de interesse na ficção científica em inglês parece ser dominada por autores um pouco fora do antigo centro, que era composto de escritores norte-americanos, seja da Golden Age (Asimov, Bradbury, Heinlein, de Camp, Farmer, Pohl, Williamson, Vance, Clement), da New Wave (Ellison, Zelazny, Disch, Wolfe), do feminismo (Le Guin, Rusch), ou do Movimento Cyberpunk (Gibson, Sterling, Rucker, Cadigan).
Esses autores dominantes nos últimos quinze anos seriam britânicos como Neil Gaiman, Stephen Baxter, Paul J. McCauley, Charles Stross, China Miéville, Alastair Reynolds, Ken McLeod, Ian McDonald, Iain Banks, Gwyneth Jones e tantos mais, além de um ou outro australiano como Greg Egan.
Isso não significa, é claro, que os escritores americanos tenham parado de escrever obras significativas, ou que tenham entrado em decadência - nem que esses autores ingleses e australianos sejam inerentemente superiores, mas apenas que o núcleo que eles formam vem rivalizando fortemente com outros centros, demonstrando já um índice de uma maior internacionalização do gênero. "
Para ler tudo clique AQUI.
b)De certa forma, pode-se ler ESTE artigo do Bráulio Tavares como uma confirmação da teoria de Causo
c)Veja também como foi o movimentado (para a Ficção Científica. Aqui no blog, entretanto, dei uma bobeada feia) final de maio em São Paulo, clicando nesta outra coluna de Causo AQUI.
d)Esta imagem não tem muito a ver com o assunto, mas só coloquei porque hoje é Dia dos Namorados... hm... Esqueci que Musky é hermafrodita. Trata-se de Axle Munshine e Musky, personagens do quadrinho/banda desenhada de Ficção Científica Vagabundo dos Limbos, escrita por Christian Godard e ilustrada por Julio Ribera... É publicada desde 1975, mas aqui no Brasil só chegaram algumas edições da Meribérica.
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