Projeto Portal foi uma revista de contos de ficção científica com periodicidade semestral, editada no sistema de cooperativa durante os anos de 2008 e 2010. A pequena tiragem — duzentos exemplares de cada número — foi distribuída entre acadêmicos, jornalistas e formadores de opinião. Seis números (de papel e tinta, não online). O título de cada revista homenageou uma obra célebre do gênero: Portal Solaris, Portal Neuromancer, Portal Stalker, Portal Fundação, Portal 2001 e Portal Fahrenheit.
Idealização: Nelson de Oliveira | Projeto gráfico e diagramação: Teo Adorno
Revisão: Mirtes Leal e Ivan Hegenberg | Impressão: LGE Editora
Revisão: Mirtes Leal e Ivan Hegenberg | Impressão: LGE Editora
sexta-feira, 4 de março de 2011
Petê Rissatti comenta o clássico "A Fábrica de Robôs"
The Chemical Brothers - Believe
Enviado por Kunoo. - Sitcom, pegadinhas e vídeos de comédia stand-up.
Reza a lenda que o termo "Robôs" foi utilizado pela primeira vez nesta obra.
"Acabei de ler, não sem grande espanto, o drama quase profético em três atos do escritor Karel Tchápek (em tcheco, Karel Čapek) chamado A fábrica de robôs (Ed. Hedra, trad. do tcheco de Vera Machac). A história da peça não é novidade para nós, seres pós-modernos que já vimos inúmeras revoluções hollywoodianas acontecerem diantes dos nossos olhos: no mundo distópico criado por Tchápek, o doutor Rossum consegue criar um ser muito semelhante ao homem, porém desprovido de sentimentos, criatividades e sensações, o qual ele dá o nome de robô (que em tcheco significaria algo como servidão, trabalho forçado), palavra utilizada pela primeiríssima vez nessa obra e depois incorporada por praticamente todos os idiomas. A produção desenfreada de robôs para livrar o homem do trabalho braçal e mecânico leva a uma crise que seria o vislumbre do ocaso da humanidade. Se ainda há esperança, não serão os humanos que poderão responder?
Contudo não foi a história bem contada nos três atos, que também explora o machismo, as relações humanas deturpadas por interesses e a ganância do homem por fama, posição social e bens materiais, mas sim o fato de ela ter sido escrita em 1920, pouco depois da Primeira Grande Guerra. A visão de Tchápek sobre a sociedade de consumo que já florescia, muito provavelmente, foi encarada com certo desdém pelo grande público, contudo incomodou não apenas os circulos sociais da época, mas também os nazistas. Uma pequena biografia e um texto sobre a importância de sua obra para a literatura do século XX é bem explicada num ensaio do tradutor de línguas do Centro-Leste Europeu e professor universitário Aleksandar Jovanović.
Vale a pena!"
O texto veio do blogue do Petê, na postagem Pinóquios Modernos
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