
Poética I / O Astronauta
(Vinicius de Moraes e Maria Betânia)
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem.
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.
Quando me pergunto
Se você existe mesmo amor
Entro logo em órbita
No espaço de mim mesmo, amor
Será que por acaso
A flor sabe que é flor
E a estrela Vênus
Sabe ao menos
Porque brilha mais bonita, amor
O astronauta ao menos
Viu que a Terra é toda azul, amor
Isso é bom saber
Porque é bom morar no azul, amor
Mas você, sei lá
Você é uma mulher
Sim, você é linda
Porque é.
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite tardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem.
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.
Quando me pergunto
Se você existe mesmo amor
Entro logo em órbita
No espaço de mim mesmo, amor
Será que por acaso
A flor sabe que é flor
E a estrela Vênus
Sabe ao menos
Porque brilha mais bonita, amor
O astronauta ao menos
Viu que a Terra é toda azul, amor
Isso é bom saber
Porque é bom morar no azul, amor
Mas você, sei lá
Você é uma mulher
Sim, você é linda
Porque é.
Via Poesias Musicadas
Imagem Spaceseed Pascal Blanche