Projeto Portal foi uma revista de contos de ficção científica com periodicidade semestral, editada no sistema de cooperativa durante os anos de 2008 e 2010. A pequena tiragem — duzentos exemplares de cada número — foi distribuída entre acadêmicos, jornalistas e formadores de opinião. Seis números (de papel e tinta, não online). O título de cada revista homenageou uma obra célebre do gênero: Portal Solaris, Portal Neuromancer, Portal Stalker, Portal Fundação, Portal 2001 e Portal Fahrenheit.


Idealização: Nelson de Oliveira | Projeto gráfico e diagramação: Teo Adorno
Revisão: Mirtes Leal e Ivan Hegenberg | Impressão: LGE Editora

domingo, 26 de setembro de 2010

Romeu Martins falou sobre o Portal Solaris no Overmundo




(texto de agosto de 2008)

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No início da década de 90, durante pouco mais de dois anos, leitores brasileiros de ficção científica viram nascer, prosperar e morrer a mais importante iniciativa para difundir por aqui o que de melhor se produz neste gênero. Enquanto durou, a edição nacional da Isaac Asimov Magazine trouxe todos os meses a preço acessível e com distribuição ampla alguns dos mais importantes escritores de FC de todos os tempos: além do senhor que emprestava o nome à publicação, invadiram as bancas gente do nível de Orson Scott Card, Frederik Pohl, Geoffrey Landis, David Brin, Octavia Butler entre muitos outros. Mais que isso, a revista também abriu espaço para talentos locais que não fizeram feio ao dividir páginas com estrangeiros já consagrados, como Gérson Lodi-Ribeiro, Carlos Orsi Martinho, Jorge Luiz Calife, André Carneiro e Maria Helena Bandeira. Apesar de não chegar a dar prejuízo, os resultados comerciais não foram o esperado pela editora responsável, a Record, uma das grandes do mercado brazuca. Com o seu fim, toda uma geração de órfãos da IAM passou a se lamentar pela falta de projetos semelhantes.

Em 15 anos o quadro mudou muito pouco, apenas com alguns fanzines impressos e sites tentando manter atualizada a produção de escritores que ainda não haviam realizado o sonho do livro próprio. Porém, 2008 parece querer se firmar como um ano em que ao menos parte do vácuo deixado pelo fim daquele importante marco editorial pode ser preenchido. Neste segundo semestre, começam a se consolidar iniciativas neste sentido, com projetos coerentes que podem dar novo fôlego à ficção especulativa nacional. Talvez a proposta mais ambiciosa desta nova fase seja uma revista de título mutante que pretende apresentar, a cada seis meses, uma nova leva de autores, mesclando nomes conhecidos neste meio com outros mais identificados com a chamada literatura mainstream.
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